terça-feira, 7 de agosto de 2007
Depressão em Jovens
Um problema pouco reconhecido entre os jovens.
As pessoas tendem a pensar na adolescência como um período difícil,turbulento, com variações do humor e crises emocionais. Osadolescentes realmente se deparam com várias situações novas epressões sociais quando se aproximam da idade adulta e, para alguns, este período de transição é muito difícil. Muitas pessoas, consideram estas flutuações do humor e as mudanças no comportamento como uma fase normal da adolescência. No entanto, há evidências de que estes problemas não fazem parte
necessariamente, do processo normal de amadurecimento. Na verdade, para muitos adolescentes, sintomas como descontentamento, confusão, solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia podem indicar depressão. Durante muitos anos, acreditou-se
que os adolescentes não eram afetados por esta doença, mas atualmente os especialistas sabem que os adolescentes são tão suscetíveis à depressão quanto os adultos. Em todas as faixas etárias, a depressão é um distúrbio que deve ser
encarado seriamente. Ela pode interferir de maneira significaste na vida diária, nas relações sociais e no bem-estar geral. Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio. Infelizmente, nos últimos trinta anos, o índice de suicídio entre adolescentes triplicou. Felizmente, a depressão no adolescente responde bem a vários
programas de tratamento. Pois, professores e outras pessoas estão se unindo para aprender a reconhecer a depressão e agir no momento em que a ajuda se faz necessária.
Se você suspeitar que um adolescente está sofrendo de depressão, saiba que poderá ajudá-lo. No entanto, na maioria das vezes, os jovens não reconhecem que estão deprimidos. Eles podem relutar em comunicar a outros, seus sentimentos de tristeza ou desesperança. Para alguém que deseja ajudar, é preciso carinho e intuição, bem
como saber escutar. Aqui, você saberá reconhecer os inúmeros sinais e sintomas de
depressão na adolescência, especialmente aqueles sintomas “ocultos”, difíceis de detectar. Também, vem oferecer um estímulo, pois logo após o início de um programa de tratamento, os adolescentes já começam a ver a vida com mais esperança.
Depressão: O que é e o que não é Todo mundo fica "derrubado" ou "na pior" de vez em quando. É normal sentir-se triste por curtos períodos, principalmente se algo de
ruim ocorreu em nossa vida. Mas aqueles de nós que sofrem de depressão têm muito mais que "tristeza", e esses sentimentos podem durar por muito tempo. São muitos: 5% das pessoas pesquisadas têm depressão, e 10 a 20% vão sofrer de depressão em algum momento de suas vidas. Cerca de 25% das mulheres e 10% dos homens pesquisados vão sofrer de depressão em algum momento. Mas a família e os amigos que nunca tiveram uma depressão real podem ter dificuldade em entender o que é isso. Muitos acham difícil pensar na depressão como doença, porque não há sintomas físicos evidentes. Mas a depressão é uma doença de verdade, causada por alterações químicas no cérebro, que impõe um padrão de pensamento negativo sobre si mesmo, os outros e, sobre o mundo. Por isso não se deve dizer que depressão é falta de fé, preguiça ou má vontade. A depressão não é uma fraqueza, e sim um grave problema de saúde.
Poucos acham que as doenças físicas sejam culpa do doente – e ninguém deveria achar isso no caso da depressão Como saber se você está com depressão? Como outras doenças, a depressão tem certos sintomas. Uma vez que esses sintomas são reconhecidos, pode-se tomar providências para o tratamento. Faça o seguinte teste para saber se você (ou alguém de sua família ou um amigo) pode estar deprimido.
Durante a maior parte das duas últimas semanas você:
• sentiu-se triste, preocupado ou aborrecido?;
• sentiu que sua vida era monótona, sem possibilidades de melhorar?;
• tem tido crises de choro?;
• ficou irritado com coisas pequenas que antes não o perturbavam?;
• não se diverte mais com seus passatempos ou atividades que
antes o alegravam?;
• sentiu falta de autoconfiança ou sentiu-se fracassado?;
• tem dificuldade para dormir, ou tem dormido muito?;
• tem dificuldade de concentração ou de tomar decisões?;
• tem menos interesse em sexo do que antes?;
• tem pensado em morte e/ou suicídio?
NOTA: por favor, entre em contato com seu médico ou psicólogo, IMEDIATAMENTE, caso tenha respondendo afirmativamente à última pergunta. Se tiver respondido "sim" a quatro dessas perguntas, você possivelmente está com depressão. O primeiro passo no tratamento desses sintomas é conhecer a causa. Efeitos físicos e mentais da depressão - A maior parte de nós pensa em tristeza quando se fala em depressão. Mas também há outros efeitos físicos, mentais e emocionais. Muitos deprimidos sentem-se
desamparados, como se essa tristeza essa situação fosse durar para sempre. Sentem-se sem energia e sem interesse pela vida. É difícil se imaginar sentindo novamente alegrias ou emoções, mesmo que quase todos os deprimidos apresentem melhoras. Alguns deprimidos podem sofrer de ansiedade. Outros se isolam e ficam menos sociáveis. Podem
ficar mal-humorados e difíceis de agradar. Ninguém faz nada direito.
Dadepressão é um mundo solitário.
As alterações no cérebro que afetam as emoções podem também afetar a capacidademental. Isso quer dizer que é fácil ter pensamentos negativos, e pode ser difícil concentrar-se ou tomar decisões quando se está deprimido. Problemas físicos também podem ocorrer em pessoas deprimidas. Algumas têm dificuldade em dormir
ou acordam muito durante a noite. Outras querem dormir o tempo todo. A depressão também pode fazer com que alguém perca o apetite ou queira comer todo o tempo. Pode querer comer muitos doces. Alguns perdem o interesse pelo sexo. Outros têm dores de estômago, constipação, dor de cabeça que não passa com nada, suores,
taquicardia ou outro sintoma físico. Por que algumas pessoas têm depressão?
Conhecer as causas da depressão ajuda os deprimidos, seus amigos e
sua família a entender quanto ela é dolorosa e por que não é possível "sair dela". Em nosso cérebro há mensageiros químicos chamados neurotransmissores. Esses mensageiros ajudam a controlar as emoções. Os dois mensageiros principais são a serotonina e a norepinefrina. Os níveis deles aumentam ou diminuem, mudando nossas emoções. Quando os neurotransmissores encontram-se "em equilíbrio", sentimos
a emoção certa para cada ocasião. Quando alguém está deprimido, os mensageiros químicos não estão em equilíbrio. Isso significa que alguém pode se sentir triste quando deveria estar alegre. Ainda não está claro por que isso ocorre em
algumas pessoas e não em outras, mas parece que a depressão ocorre em certas famílias. Outros desencadeadores da depressão são:
• eventos estressantes ou perdas. É normal sentir-se triste após uma perda, como a morte de um ente querido ou o rompimento de uma relação. Às vezes essa tristeza pode se transformar em depressão, em pessoas que têm essa tendência. Problemas de
dinheiro, trabalho ou outros problemas pessoais podem também desencadear a depressão;
• doenças físicas. Algumas doenças, como esclerose multipla ou derrame, podem causar alterações cerebrais que levam à depressão. Outras doenças podem levar à depressão porque são dolorosas e mudam a vida das pessoas.
• níveis hormonais. Os hormônios são substancias que se encontram no organismo. Se os níveis de hormônios entrarem em desequilíbrio, a depressão pode surgir. Por exemplo, pessoas com problemas da tireóide podem ficar deprimidas.
• uso de certos medicamentos, drogas ou álcool. Alguns medicamentos, como os remédios para pressão alta, podem causar depressão. (Se isso ocorrer, entre logo em contato com o médico.) O álcool e algumas drogas ilegais podem piorar a
depressão. Não é bom que os deprimidos usem essas substancias, mesmo que pareçam ajudar momentaneamente. As Muitas Formas de Cuidar da Depressão Hoje em dia, há muitas formas de tratar a depressão. Isso quer dizer que nenhum deprimido precisa sofrer sem necessidade. Atendimento psicológico, médico, medicação antidepressiva, aconselhamento com o pastor e apoio da família e amigos são meios eficazes no tratamento da depressão.
Por que a avaliação profissional é importante?
O primeiro passo no tratamento da depressão é consultar um profissional (psicólogo ou médico). Ele precisa conhecer seus sintomas e por quanto tempo você tem se sentido deprimido. O psicólogo fará uma avaliação de seu humor e estado mental, se necessário o encaminhará a um médico, caso sua depressão necessitar de
medicação antidepressiva. O médico fará um exame físico e testes laboratoriais. Assim, os problemas físicos podem ser descartados, e irá poder fazer um plano de tratamento efetivo para você. Seu médico ou o psicólogo poderá fazer algumas destas perguntas com o fim de conhecer melhor sua situação:
alguém em sua família sofre de depressão?
está tomando algum medicamento?
você sofreu alguma alteração ou perda importante em sua vida?
tem tido alterações no sono ou no apetite?
tem pensado em morte ou suicídio?
tem dificuldade de se concentrar no trabalho?
tem sentido mudanças no desejo sexual?
As vezes, quando se está deprimido, pode ser difícil lembrar-se de muitos detalhes. Um membro da família pode ajudar a completar o quadro na sua primeira consulta. Peça ao médico ou psicólogo que escreva as instruções. Não tenha vergonha de telefonar ao profissional que está tratando de você (médico ou psicólogo), para dar informações que você só lembrou depois da consulta.
O que vai acontecer depois?
Depois que for confirmado o diagnóstico de depressão, vocês falarão do tratamento. O tratamento consiste em submeter-se à uma psicoterapia que, geralmente, consiste em sessões semanais de 50 minutos por um período mínimo de 4 a 6 meses, a qual poderá juntarse medicação antidepresiva, dependendo da avaliação profissional. A Terapia Cognitiva é a mais eficaz para a depressão. O tratamento deve incluir psicoterapia e talvez medicação antidepressiva. Se você buscar primeiramente um médico ele pode recomendar outro profissional para fazer a psicoterapia, enquanto ele cuida da medicação, se necessário.
Como funcionam os antidepressivos?
Os antidepressivos são medicamentos que ajudam a restaurar o equilíbrio químico no cérebro. Quando isso ocorre, sua depressão melhora gradualmente. Seu médico vai usar informações sobre seus sintomas, saúde física, histórico familiar e resposta anterior amedicamentos para escolher o antidepressivo certo para você. É importante saber que os antidepressivos não são a cura, e que a depressão tende a ocorrer novamente. Leva tempo para os antidepressivos começarem a funcionar e, às vezes, a dosagem precisa de ajuste. Em geral, as pessoas se sentem melhor após três ou quatro semanas. Alguns podem melhorar antes. É vital não parar de tomar o medicamento se os sintomas aparentemente melhorarem rapidamente, nem se não melhorarem rapidamente. Os
antidepressivos devem ser tomados de acordo com a orientação médica para que funcionem corretamente e para evitar que a depressão retorne. Siga as instruções do médico e entre em contato com ele se tiver dúvidas ou preocupações.
Não esqueça de perguntar ao médico quais benefícios e possíveis efeitos colaterais podem ocorrer com seu antidepressivo, e se você deve evitar certos medicamentos.
Outros lugares onde buscar auxilio Lembre-se, a depressão destrói a energia e a auto-estima e interfere na capacidade ou vontade da pessoa pedir ajuda, por isso, tenha em
mente que também há outras fontes de auxílio: parentes ou amigos solidários, grupos de apoio ou o seu pastor. Seu médico ou psicólogo podem recomendar materiais educativos que podem ajudar você e sua família. Finalmente, VOCÊ é uma fonte valiosa. Pode tentar exercícios leves, que melhoram o humor: comemore suas pequenas vitórias, como uma visita aos amigos; mantenha um diário, onde possa anotar
suas melhoras no decorrer do tempo. Entretanto, apesar de haver muita coisa a ser feita para tratar a depressão, o passo mais importante é o primeiro: BUSCAR AJUDA. A
avaliação prévia do profissional é crucial para o planejamento de um tratamento eficaz para você. E, se estiver deprimido, por favor, procure um profissional HOJE, para começar a se sentir melhor o mais rapidamente possível.
Você merece!
Dr. Adami A. R. Gabriel - Pastor e Psicólogo Clínico